ATA DA OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 27-01-2011.

 


Aos vinte e sete dias do mês de janeiro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, DJ Cassiá. Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib e Mauro Pinheiro e pela vereadora Sofia Cavedon, titulares. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceram os vereadores Paulo Marques e Waldir Canal, titulares. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 01/11, do vereador Paulo Ávila, Presidente da Câmara Municipal de Capão do Leão – RS –; 012 e 013/11, da senhora Sofia Cavedon, Prefeita Municipal em exercício; Comunicados nos 242996, 242997, 242998, 242999, 243002, 243003, 243006 e 243007/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Reuniões Ordinárias e a Ata Declaratória da Quinta Reunião Ordinária. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, Dr. Thiago Duarte, Dr. Raul Torelly, DJ Cassiá e Adeli Sell. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib, Mauro Pinheiro, João Antonio Dib, este pelo Governo, e Adeli Sell, este pela oposição. Durante a Reunião, foi registrada a presença do senhor Valter Nagelstein, Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Às dez horas e cinquenta e dois minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Segunda Sessão Ordinária da Terceira Sessão Legislativa Ordinária, a ser realizada na próxima quinta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Adeli Sell e secretariados pelo vereador Adeli Sell. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidente.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Havendo quórum, passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que nos assiste pelo Canal 16; público presente nas galerias, vamos continuar, então, Ver. DJ Cassiá, trazendo os problemas da nossa Cidade. Aproveito o recesso parlamentar para cobrar aqui que sejam realizadas as obras prometidas para a nossa Capital.

Quero começar falando sobre um Pedido de Informações que fiz, Ver. João Antonio Dib, logo que cheguei a esta Casa, em fevereiro de 2009, para saber como estavam divididas as responsabilidades sobre as obras e projetos de saneamento e de infraestrutura da Vila Asa Branca, no tocante à responsabilidade dos órgãos municipais envolvidos: quantas famílias seriam atingidas, em que fase se encontravam as obras e de onde viriam os recursos. A resposta ao Pedido de Informações veio da Prefeitura, dizendo que o DEP teria a responsabilidade do projeto de execução das obras de drenagem pluvial; o DEMHAB seria o responsável pelo projeto de unidades habitacionais para as famílias que seriam realocadas; a SMOV, pelas obras viárias, e o DMAE, pela implantação da rede de água e esgoto cloacal. Os editais de licitação dos projetos já estavam sendo montados, e os recursos seriam oriundos do Governo Federal, pelo PAC.

Logo em seguida, participei, depois deste Pedido de Informações, de umas duas ou três reuniões na Vila Asa Branca - o Ver. Sebastião Melo, na época, era o Presidente desta Casa, e participamos junto com todos esses órgãos da Prefeitura, o DEP, DMAE e SMOV. Ali começamos a avançar neste tema de como seriam essas obras de drenagem na Vila Asa Branca - obras do PAC.

No decorrer desse período, recebemos da própria Prefeitura Municipal de Porto Alegre, do DEP, um documento explicando como seriam essas obras de drenagem na Vila Asa Branca e também um cronograma das atividades que seriam realizadas ali. (Mostra documento.) Aqui diz que a Vila Asa Branca é localizada em uma área de aproximadamente 10 hectares, na Zona Norte do Município; que o Projeto trabalha com a manutenção dos níveis do terreno de toda a vila na situação atual e que, para isso, será necessária a pavimentação das vias públicas e internas da gleba - para permitir a implantação de dispositivos de captação das águas pluviais, drenagem. Informa que a extensão total estimada de redes pluviais será de aproximadamente 3.230m; que será necessária a execução de diques, que deverão ser implantados em toda a divisa, em uma extensão de aproximadamente 1.600 metros.

E depois, Ver. João Antonio Dib, vem o Cronograma das Obras. Segundo este Cronograma, a data do lançamento do edital se deu em maio de 2009; o processo licitatório, de maio a agosto de 2009; a ordem de início das obras, em setembro de 2009; e o tempo de execução da obra será de 17 meses. Mais à frente, está mais especificado: o começo da desapropriação, em início de setembro de 2009, e o término, em novembro de 2009. Em relação à obra do dique, o início, em setembro de 2009, e término, em fevereiro de 2010. Casa de bombas: início, em fevereiro de 2010, e término, em julho de 2010. Deslocação de unidades habitacionais: início, em março de 2010, e término, em fevereiro de 2011. Redes de galerias pluviais: início, em julho de 2010, e término, em novembro de 2010. Pavimentação: início, em julho de 2010, e término, em fevereiro de 2011. Dragagem: início, em setembro de 2010, e término, em fevereiro de 2011. Este é o cronograma apresentado pela Prefeitura de Porto Alegre, pelos seus órgãos. Essa é uma obra de 20 milhões de reais que atenderá aproximadamente 2.200 pessoas. Essas são informações prestadas pela Prefeitura de Porto Alegre.

Tive o cuidado de ver, pelas reclamações que tenho recebido da comunidade da Vila Asa Branca, que, de todas essas obras que foram descritas e estariam terminadas agora, em fevereiro de 2011, apenas a casa de bombas foi realizada pelo DMAE; o restante, nada foi concluído, há obras que nem foram iniciadas, quando já eram para estarem terminadas em fevereiro de 2011 - nem iniciaram! Tive o cuidado de me informar com o Governo Federal, na Caixa Econômica Federal, se havia algum problema com os recursos; foi me dito que os recursos estão lá e que, se as obras não saíram, foi por falta de gestão da Prefeitura de Porto Alegre, pois o dinheiro existe, está depositado. É lamentável que a comunidade esteja lá passando por problemas. Temos visto, Ver. DJ Cassiá - o senhor, que é um Vereador da comunidade -, todos os problemas que têm acontecido no Brasil, Santa Catarina e Rio de Janeiro, e aqui, na Vila Asa Branca, onde há o recurso já liberado pelo Governo Federal, pelo PAC, Caixa Econômica Federal, uma obra que já deveria estar concluída em fevereiro de 2011 mal iniciou. Então, nós estamos aqui, Ver. João Antonio Dib, queremos uma resposta da Prefeitura sobre o que está acontecendo e sobre quando serão realizadas as obras. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, eu hoje quero elogiar o evento que ocorreu nesta Casa, na noite de ontem. Foi um evento bem organizado, tinha até garçom para servir algumas autoridades - garçom contratado, não era da Câmara. Foi uma medida acertada passar do Plenário Ana Terra para o Plenário Otávio Rocha, porque havia muita gente. Inclusive, aqui na frente da Mesa, crianças de três a sete anos estavam sentadas fazendo uma brilhante participação, com balões negros e com dois cartazes que eu não consegui ler. Quando eu saí, verifiquei que três ônibus de luxo aguardavam as pessoas que aqui vieram, para transportá-las para suas residências. Foram poucos os Vereadores que compareceram. Eu fui convidado e, por isso, compareci, mas me parece que nem todos os Vereadores foram convidados. Estavam presentes o Ver. Dr. Raul Torelly, que não conseguiu lugar para sentar e ficou nas galerias, não falou; o Ver. Dr. Thiago falou e defendeu os estatutários; o Ver. Todeschini defendeu o seu Substitutivo; o Ver. Airto Ferronato fez a mesma coisa; a Verª Sofia, que não presidiu os trabalhos - quem presidiu foi o Dr. Paulo de Argollo, Presidente do Simers -, também falou, mas eu faço alguns reparos em sua fala. Quando a Vereadora citou o art. 33 da Lei Orgânica, ela esqueceu que pertencia a um Governo que criou a EPTC, que é uma Empresa Pública de Direito Privado, mas, evidentemente, naquele seu entusiasmo, naquela sua garra, ela esqueceu que havia acontecido isso. Algumas coisas mais foram ditas pelos Vereadores. O Ver. Sebastião Melo também estava presente e não falou. Este Vereador foi uma exceção, foi o único que foi vaiado e aplaudido ao mesmo tempo - mais vaias do que aplausos, mas houve as duas coisas. Os outros oradores foram todos aplaudidos. Eu disse o que penso, porque costumo definir que existe o certo e o errado. Na análise que fiz, eu não fiquei de acordo com Procurador da Casa, como a Vereadora-Presidente referiu no Plenário, porque ele concluiu o seu Parecer dizendo o seguinte: “Ainda que autores de renome, juristas de renome defendam a posição contrária, eu sou pela inconstitucionalidade”. É um direito dele! Não foi encaminhado com o Parecer da Procuradora dizendo apoiava o Parecer, e que era da Procuradoria. Portanto, foi do Procurador. Eu prefiro ficar com o Parecer de uma Ellen Greice, que diz que é normal, ou com um Helio Saul Mileski, para ficar aqui em Porto Alegre, ou com Maria Sílvia Di Pietro, que diz que é [constitucional], ou até com o Ministro Temporão, da Saúde, que diz que a melhor maneira de ter a solução é uma empresa pública de direito privado, o que fará aumentar de 90 para 140 Unidades de Saúde da Família, e isso será muito bom para a Cidade.

Eu, então, na minha simplicidade, entendo que o Projeto deva ser aprovado apesar das restrições que alguns fazem. Há quase 40 Emendas do Ver. Oliboni, do Ver. Dr. Thiago Duarte, uma Emenda é deste Vereador extinguindo um dos Cargos em Comissão, e o resto funciona tudo muito bem.

Foi uma bela festa ontem. Na saída, todos disciplinados, embarcaram nos três ônibus de luxo, grandes entendedores da matéria, e não houve nenhuma alteração. Foi uma das reuniões aqui em que a população participou mais bem organizada. Tudo direitinho, tudo normal, inclusive com as crianças de 3 a 7 anos, que saíram antes do término da reunião, lá pelas 22 horas. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apenas para esclarecer ao conjunto dos Vereadores: não presidi essa atividade, porque não era da Câmara, eu era convidada. O Presidente Argollo não quis sentar neste lugar aqui, por conforto, e pareceu que eu presidia, mas não. A atividade foi agendada pelo Ver. Dr. Thiago, no Plenário Ana Terra, mas tivemos de vir para este pela quantidade de pessoas presentes.

Solicito ao Ver. DJ Cassiá que siga presidindo a Reunião, convidando os Vereadores que quiserem participar com o Ver. Airto Ferronato, para darmos início à primeira Reunião Pró-Comissão Especial da Copa, tema que vai exigir muita atenção e mediação desta Câmara pelas transformações e implicações na cidade de Porto Alegre, e será no Plenário Ana Terra.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em Comunicações.

 

(O Ver. DJ Cassiá assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; saúdo a presença esportiva do Ver. Valter Nagelstein, que nos visita, o nosso Secretário da SMIC. Aproveito o ensejo para recolocar algumas coisas, inclusive, que foram foco e sede da minha manifestação de ontem.

Quero dizer que, de forma intransigente, eu acredito no diálogo e tenho defendido isso sempre, inclusive nas situações em que o diálogo não me era favorável, como aconteceu na questão do planejamento familiar há alguns anos. Sempre defendi o diálogo, o diálogo do contraditório, o diálogo daquelas pessoas que não querem entender, muitas vezes, as questões de forma técnica e clara.

Por isso, como Presidente da COSMAM, eu não poderia me furtar a essa solicitação que foi feita por uma série de entidades, no sentido de ampliar a discussão, coisa que defendo aqui desde o momento em que este Projeto veio para esta Casa.

Quero fazer um diálogo com a comunidade de Porto Alegre e com os meus colegas Vereadores basicamente em cima de três focos que o Ver. Dib acabou de citar, que foram sede das 25 Emendas e das três Subemendas que fiz ao Projeto. Eu quero que as colocações sobre esses três focos sejam bem didáticas.

O primeiro foco vem de um entendimento nosso de que, efetivamente, o Secretário Municipal da Saúde - não só o Dr. Casartelli, qualquer outro Secretário - não pode, ao mesmo tempo, ser Secretário Municipal da Saúde, ser Presidente da Fundação e ser Presidente do Conselho Curador. Isso quebra qualquer tipo de discussão do contraditório. Então temos de analisar bem direitinho este aspecto, é importante, é uma das Emendas, porque isso não aparece num só artigo, dos 34 artigos, foram feitas 25 Emendas. Então, isso é um ponto importante, fundamental.

O segundo foco é - eu já falei aqui - a Fundação, o Instituto, o Departamento, qualquer coisa que venha tem de se focar especificamente na Estratégia de Saúde da Família; ela não pode ser ampliada, como tem sido ampliada em outros Municípios, para outras situações, mesmo na atenção básica. A Estratégia de Saúde da Família, que é aquela formada por um médico, uma enfermeira, dois técnicos de enfermagem e quatro agentes comunitários de saúde, tem uma função específica, foi criada para isso, foi testada para isso e nisso teve sucesso, que é atender às populações com maior vulnerabilidade. Não precisa ser só vulnerabilidade econômica, pode ser vulnerabilidade de distância do atendimento à saúde, pode ser vulnerabilidade social, pode ser qualquer tipo de vulnerabilidade - é para isso que veio o PSF.

Existem muitas comunidades que não estão aptas, não querem o PSF e que necessitam do modelo de UBS [Unidade Básica de Saúde]. O modelo de UBS de área aberta, com alguns especialistas, tem de permanecer, tem de ser fundado e tem de ser o cerne junto com a Estratégia de Saúde da Família de um modelo de atenção básica. Sr. Presidente, solicito o tempo de Comunicação de Líder.

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Thiago Duarte continua sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: E a terceira questão, que foi sede de uma das últimas Emendas, é a possibilidade efetiva que temos de ter na Fundação, não a critério da Fundação, mas a critério dos concursados, dos municipários, de eles poderem migrar para dentro da Fundação, percebendo os salários da Fundação, que são em torno de quatro vezes os salários oferecidos pelo Município e, certamente, cumprindo as normas efetivas da Fundação, mas isso tem de ser uma escolha, uma possibilidade que é aberta a todos os trabalhadores da Saúde e que não fique a critério da Fundação.

Então, eu peço a atenção de todos os meus colegas que estão aqui, ao público que nos ouve, porque essas Emendas, na nossa opinião, modificam, qualificam, melhoram e tornam possível, sim, o fato de podermos atuar dentro deste Projeto. Eu acho que são indispensáveis para que o Projeto possa atingir o seu fim, que é o de, efetivamente, poder melhorar a Saúde de Porto Alegre. Nós defendemos intransigentemente, como o Ver. Dib falou aqui, os profissionais que trabalham no Município, e isso não é porque eu trabalho no Município, isso é uma convicção pessoal que eu tinha antes mesmo de me tornar municipário; essa é uma convicção pessoal que tenho de defesa intransigente desses profissionais municipários que carregam a Saúde nas costas muitas vezes.

Eu aproveito o tempo que nos sobra para trazer aqui um exemplo - dentro dessas visitas que eu e a Verª Sofia estamos fazendo, fizemos já no Hospital de Clínicas, fizemos já no HPS e, certamente, vamos fazer nas outras emergências - que me chegou na Unidade de Saúde, de um paciente me dizendo o seguinte: “Olha, doutor, depois de seis meses, deu certo o encaminhamento que o senhor me fez. Eu lhe agradeço ter consultado lá no Hospital de Clínicas. Só que foi uma situação curiosa, porque eu cheguei lá e fui atendido pelo médico que trabalha aqui no Posto, pelo Dr. Robson. Ele trabalha aqui no Posto e trabalha lá no Hospital de Clínicas”. E como é que foi o atendimento? “O atendimento foi muito bom; foi excelente”. Mas tu não reclamas, às vezes, das situações ocorridas aqui no Posto? “Sim, eu reclamo.” E ele não foi cortês contigo? “Não, foi cortês, foi muito bom o atendimento.” E no Posto aqui, ele é também? “É!” Então, qual é a diferença entre ter o atendimento aqui no Posto e o atendimento no Hospital? Não é o profissional, não é o doutor, não é isso? Qual é a diferença? “A diferença, doutor, é que lá ele resolveu o meu problema.”

Então, a grande diferença que se pode fazer com a atenção básica em Porto Alegre é dar a possibilidade, independentemente de o servidor ser celetista ou ser estatutário, de os servidores da Atenção Básica - sejam da Unidade Básica de Saúde ou do PSF, independentemente de forma de contratação - terem resolubilidade. Se nós colocarmos duzentas equipes e não dermos a possibilidade - isso se faz com gestão - de eles terem resolubilidade, nós vamos continuar com o caos das emergências, nós vamos continuar com o problema de o paciente querer ir para o Hospital de Clínicas, ficar sentado na cadeira, às vezes um dia, em vez de ir para a Unidade de Saúde, sabendo que, lá no Clínicas, ele vai resolver o problema e, na Unidade de Saúde, o médico, os profissionais, os trabalhadores, não têm condições técnicas de resolver esse problema. É isso o que eu queria dizer. Muito obrigado pelo espaço, Presidente; um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Presidente, DJ Cassiá; Vereadores, Vereadoras; público que nos assiste, saúdo também a presença do nosso Secretário da SMIC, Valter Nagelstein. Desejo falar também sobre esse assunto, mas não sem antes mostrar a minha satisfação em relação a um processo sobre as UPAs, em Porto Alegre, em que precisamos avançar e no qual tenho trabalhado há quase três anos para que as Unidades de Pronto Atendimento 24h sejam efetivamente instaladas na cidade de Porto Alegre. São previstas quatro Unidades, mas este ano espero que consigamos instalar pelo menos duas. São Unidades de grande porte para em torno de 500 atendimentos diários, para ajudar as nossas emergências hospitalares superlotadas. Ontem, estivemos visitando um HPS, que está numa situação que eu diria boa, não excelente, com alguma superlotação, mas, perto de outras emergências, como o Hospital de Clínicas e o Hospital Conceição, o HPS se mantém bem.

Sobre as UPAs, houve uma decisão importante, recentemente, que é a instalação, no Centro Vida, na Av. Baltazar de Oliveira Garcia, de uma primeira UPA na cidade de Porto Alegre. Esse é um pleito nosso que já vem há mais de dois anos. Quando o Ministro da Saúde aqui esteve, em 2009, no auge da gripe H1N1, foram definidas 10 UPAs para o Estado no ano de 2009 e mais 10 UPAs para o ano de 2010. Efetivamente, conseguimos, até agora, que uma ou duas fossem efetivadas. Nós estamos em 2011; portanto, deveríamos ter 20. Isso é apenas para dizer que as ações concernentes à questão pública são demoradas, pois são muitos os problemas que temos para conseguir fazer com que as coisas realmente se materializem; são muitos órgãos, muitos processos, muitas solicitações, licitações que não dão certo, enfim. Mas essa UPA do Centro Vida já está, inclusive, com um processo de licitação junto à Secretaria Estadual de Saúde. Então, é importante que a gente faça isso acontecer o mais breve possível. O Conselho Municipal de Saúde aprovou, por sua maioria, essa localização, e isso foi uma decisão importante para a Cidade porque não se trata de uma decisão unilateral, de um grupo de pessoas, mas sim da representação das comunidades que lá estavam e lá votaram.

Em relação ao que foi falado pelo Ver. Mauro Pinheiro, sobre a Asa Branca, quero dizer que estive lá algumas vezes e se trata de uma grande obra. Essa obra está muito atrasada, mas é uma obra de grande porte, e esperamos que ela seja retomada na sua integralidade para que aconteça o mais breve possível. Sabemos dos alagamentos históricos que acometem aquela região e estamos juntos para tentar construir alguma coisa nesse sentido.

Quanto ao processo de instalação da Fundação Pública de Direito Privado, do IMESF, realmente é um processo - e ontem deu para ver isso - que provoca muitos debates, porque há alguns critérios ali que são muito contestados, mas eu fico com o lado da vida, da população, que é quem mais precisa do serviço. Tenho certeza de que essa Fundação permanecerá sob a gestão pública, o que é muito importante; ela terá contratações através de concursos públicos, através de processo seletivo público, terá poucos cargos de confiança, apenas três e que são realmente necessários; enfim, ela estará dentro de um padrão muito bom para que possamos qualificar a sociedade, o atendimento da Saúde pública em Porto Alegre.

Gostaria também de dizer da sensibilidade do Ver. Dib desde o início. Eu fui um daqueles que solicitaram que esse processo tivesse uma audiência pública. Isso foi construído ao longo do tempo, e nós estamos, no decorrer desse processo, para discuti-lo, para fazer a polêmica, mas também estamos aqui para votar e para dar uma solução definitiva para essa questão que vai refletir não na área política, mas na área social, lá na comunidade, naquela pessoa que realmente precisa do atendimento. A nossa obrigação, como entes públicos, e a minha, especialmente, como médico, é ver que a saúde chegue a todas as pessoas. Isso é o principal.

Preocupando-me com a classe médica, também gostaria de dizer que temos que talvez colocar uma emenda neste Projeto - que ainda não foi colocada - no sentido de estabelecer uma aposentadoria mais digna para aqueles que entrarem nessa Fundação, se ela se materializar, para não acontecer o que acontece hoje no Hospital Conceição, onde os médicos ficam trabalhando além dos 80 anos de idade, como a gente sabe, para não perderem aquele salário e não dependerem única e exclusivamente da aposentadoria do INSS. Obrigado e saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Quero dar as boas-vindas ao Ver. Valter Nagelstein, nosso colega, Secretário da SMIC. Seja bem-vindo a esta Casa, é uma honra para nós termos a sua presença aqui, nesta manhã.

Peço ao Ver. Adeli Sell, por gentileza, para assumir a presidência dos trabalhos, porque estou inscrito em Comunicações.

 

(O Ver. Adeli Sell assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; imprensa; funcionários desta Casa, bom-dia a todos.

O Ver. Dr. Raul Torelly sabe que a sociedade, o ser humano, deve a vida, primeiro, ao “papai do céu”; aqui na terra, aos senhores, que cuidam de nós, que são os médicos e todos aqueles da área da Saúde.

Infelizmente, Dr. Raul - vou tocar na mesma tecla e não vou me cansar -, nós deveríamos estar aqui exaltando mais um hospital, um bom salário para os médicos e funcionários da área da Saúde, um novo posto de saúde dentro da comunidade carente, mas, infelizmente, meu Líder, sábio Ver. João Antonio Dib, vivemos num país em que só se arrecada e pouco se retorna, Ver. Mauro Pinheiro. Pouco! Principalmente na área da Saúde e da Educação. Cultura, que é a minha bandeira, nem se fala!

Ontem, salvo melhor juízo, parece que este País bateu, mais uma vez, o recorde de arrecadação! De impostos! Mais uma vez! Tanto os Municípios quanto os Estados, quanto o Governo Federal! Infelizmente, Dr. Raul, a pena de morte existe neste País e está na Saúde pública. Está na Saúde pública! Lá na vila, há o posto de saúde, que deveria ser um posto bem equipado, bem preparado para os primeiros socorros, para evitar que aquela pessoa fosse parar no Hospital de Clínicas, muitas vezes sem necessidade, pois já poderia ter recebido um atendimento, Dr. Raul, o senhor sabe muito bem, mas eu não estou falando de uma questão isolada de Porto Alegre, não! Porto Alegre não é uma situação isolada. O caos na Saúde pública começa por Brasília; Brasília é onde está o dinheiro todo! É lá em Brasília que começa o caos na Saúde pública! Eu não estou aqui retirando a responsabilidade dos Municípios e dos Estados, mas o pontapé inicial do caos da Saúde está em Brasília, porque é lá que está a maior arrecadação.

Quero aqui dizer, Ver. Dr. Raul, que o debate sobre a Saúde é muito importante, principalmente para nós que temos uma atuação dentro das comunidades carentes, em que aquelas pessoas, aqueles trabalhadores, não têm condições de ter um plano de saúde. Até mesmo pelo plano de saúde hoje, as senhoras e os senhores sabem, para ser atendido leva de três a quatro horas, porque o caos também chegou na área particular da Saúde, infelizmente.

Ver. Mauro Pinheiro, eu quero me colocar à sua disposição em relação à Vila Asa Branca, quero ser seu parceiro, conte com este Vereador. Penso que, se formos ao encontro da Secretaria, fizermos um debate, levarmos as reivindicações, tenho certeza de que conseguiremos avançar. Conte comigo nesta luta da Vila Asa Branca. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos trabalhos)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadores, quero saudar o nosso colega, Secretário Municipal da Secretaria de Industria e Comércio, Ver. Valter Nagelstein. Ontem eu já disse publicamente, quero dizer aqui na sua presença, que louvo a atitude imediata de ter pedido a limpeza do Mercado Público, acho que esse é o comportamento de um Secretário quando é cobrado de um Vereador.

Quero também parabenizá-lo pela ação feita na Rua Salustiano, lugar do qual a comunidade da volta do Gasômetro se queixa muito. A sua ação de ir lá interditar esse espaço é louvável, e eu quero dizer que, mesmo quando muitos fazem críticas à sua ação enérgica, eu serei sempre uma pessoa que, de público, vai apoiá-lo, porque já fui Secretário e fico muito feliz de ver que V. Exª, na Secretaria, cumpre esse papel também.

E mais, todos nós, nesta semana, festejamos - V. Exª, sem dúvida nenhuma, como eu - a abertura do anexo do nosso famoso Chalé da Praça XV, conforme Lei aprovada aqui e que, graças a um processo que começou na minha gestão, continuada pelo Cecchim e continuada por V. Exª, fez com que o Centro Histórico de Porto Alegre, na Praça XV, deu uma melhorada sem precedentes. Eu tive a oportunidade de levar um casal de amigos que, há 16 anos, havia saído de Porto Alegre e voltara. Eles não queriam acreditar na mudança substantiva que ocorreu no Chalé da Praça XV. Eu queria parabenizar, portanto, os empreendedores, Simonetti, Toninho e os familiares, que mantêm esse empreendimento.

Secretário Valter, eu vou tocar num ponto que interessa à SMAM, à SMIC, à SPM, à Gestão, que é a questão do mobiliário urbano, Ver. João Dib. Nós temos, como informou um jornal da Capital há alguns dias, numa excelente matéria, cinco tipos diferentes de paradas de ônibus, isso depõe contra a estética urbana. Nós, Airton Ferronato, Valter Nagelstein e eu, quando estivemos na cidade de Rosário, verificamos um padrão maravilhoso, limpo, bonito de parada de ônibus, e aqui, infelizmente, desde que foi rompido o contrato, há três anos, com uma empresa de publicidade ao ar livre, nós temos escuridão nas paradas de ônibus. Não eram as melhores, não eram aquelas que eu acredito que seriam esteticamente adequadas para a cidade de Porto Alegre, mas havia limpeza e iluminação; agora há escuridão.

As paradas de ônibus da nossa Cidade são uma vergonha. O que houve de avanço foram as bancas de revistas, mas ainda restam algumas amarelinhas pela Cidade, que são horríveis. Uma cidade moderna tem que ter essas bancas que agora estão sendo colocadas na Cidade, Valter Nagelstein, possíveis de serem limpas, com tinta antipichação. Nós precisamos remodelar as bancas dos floristas no Centro de Porto Alegre; nós precisamos remodelar o horto da Praça Parobé; nós precisamos ter banheiros químicos na Cidade, conforme nós temos em outras cidades modernas, limpas, bonitas e esteticamente apreciáveis pelo mundo afora. Eu não entendo, já que na Secretaria de Gestão existe um projeto sobre o mobiliário urbano, que a gente ainda continue com esta situação lastimável de não ter um mobiliário urbano adequado.

Por fim, não menos importante, talvez mais importante seja a situação em que se encontra o Postão da Vila Cruzeiro, o PAM-3. Tenho aqui um conjunto de fotos sobre o lixo espalhado no entorno do Postão. (Mostra as fotos.) É uma vergonha a situação em que se encontra aquele local. Não é só num local, não é apenas um foco, são vários focos, e vou enviar este material - está aqui o Presidente da Associação da Vila Tronco, Michael Santos, que trouxe estas fotos - ao Secretário Municipal da Saúde, porque isso depõe contra a Saúde pública do Município de Porto Alegre. Quero colaborar com a limpeza da Cidade. Ver. DJ Cassiá, quero colaborar com o projeto do mobiliário urbano. Acho que o Secretário deveria consultar alguns Vereadores, inclusive o ex-Prefeito, Ver. João Dib, especialmente o Valter Nagelstein, como Secretário da SMIC, o Ver. Ferronato e eu, que tivemos uma experiência com o novo mobiliário da cidade de Rosário, na Argentina, que nós daríamos grandes contribuições à municipalidade. Espero que a ponte seja feita pelo Líder da Bancada com o Secretário de Gestão e que, definitivamente, esse projeto saia das gavetas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ver. DJ Cassiá, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, se o Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio, Valter Nagelstein, pudesse falar neste momento, ele diria ao Ver. Adeli Sell que o estudo sobre os abrigos já está encaminhado, e nós vamos ter melhores condições de uniformização. É claro que a ideia do Vereador no sentido da participação dos Vereadores, com os seus conhecimentos, num grupo de trabalho, é bem-vinda. Sem dúvida nenhuma, o Governo aceita de boa vontade. A participação é uma coisa muito importante.

Por outro lado, as placas de nomes de ruas também estão sendo estudadas, e, em breve, teremos melhoramentos que estão sendo aguardados, e a Cidade vai ficar mais bonita. Eu acho que a uniformização dos abrigos deve ser uma coisa bem feita, e tem que ser através da publicidade, não pode ser diferente. O problema é estabelecer o tipo, e aí não há nenhuma dúvida de que a coisa vai funcionar, a Cidade vai ficar bonita. Realmente, outro dia, eu vi, no Parcão, um novo tipo de abrigo, que não sei se abriga muito porque é uma simples cobertura que, em dia de vento, não serve para nada, mas, de qualquer forma, a Prefeitura está estudando. Muito em breve, teremos resposta àquilo que propõe o Ver. Adeli Sell pelos seus conhecimentos sobre a cidade de Rosário e sobre outras cidades do País.

Quero, de novo, falar sobre a Fundação. Hoje, pela manhã, ouvi na Rádio Bandeirantes o Prefeito de Novo Hamburgo, Tarcisio Zimmermann, dizer que, desde 2009, funciona, em Novo Hamburgo, a Fundação e que ela, inclusive, tem uma amplitude maior do que aquela que aqui se pretende fazer. Nós aqui pretendemos que apenas as Unidades de Saúde da Família passem de 90 para 140, que é o atendimento que foi dito pelo Ver. Dr. Thiago, por médicos, enfermeiros, agentes comunitários; isso vai favorecer a Cidade. O Prefeito de Novo Hamburgo dizia que estranhava, porque em Novo Hamburgo, Esteio e Sapucaia já existe - em Canoas, já está sendo elaborado o texto para fazer a nomeação do conselho curador - e está funcionando bem. Ele disse também que várias ações foram intentadas na Justiça, mas nenhuma teve êxito em mostrar a inconstitucionalidade da Fundação. Por isso que eu disse que prefiro ficar com pareceres de pessoas de nível jurídico acima do normal, pessoas que são respeitadas, como o parecer da nossa Ministra do Supremo, Ellen Gracie, que diz claramente que a empresa pública de direito privado, a fundação pública de direito privado, são absolutamente constitucionais, nada impede. Em outras cidades do País, antes que se pensasse aqui, já havia esse tipo de fundação.

Então, eu acho que, se nós tivermos um pouco de boa vontade, se nós tivermos um pouco de sensibilidade - porque responsabilidade eu sei que todos nós temos -, nesse mês de fevereiro eu acredito que nós façamos a votação, com as Emendas apresentadas, com as sugestões que estão ainda por vir e com as trocas de ideias, que fazem bem à saúde, sem dúvida nenhuma. Agora, “a verdade faz bem à saúde”, isso eu não posso esquecer; e o Simers trabalhou muito bem ontem na apresentação do Seminário Não à Fundação - tinha o nome de fórum, mas depois ficou com este nome. De qualquer forma, funcionou bem, e nós esperamos que fevereiro seja um mês gratificante para a cidade de Porto Alegre, especialmente para aquelas pessoas que precisam dos médicos e enfermeiros das Unidades de Saúde da Família. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu volto a esta tribuna, Ver. João Antonio Dib, em Liderança, porque a gente escuta, com todo o respeito, o nosso Líder do Governo dizendo que parece que a Cidade está uma maravilha, enquanto todo o dia subimos a esta tribuna e temos denúncias para fazer sobre problemas da Cidade.

O grande problema que eu vejo hoje, na gestão de Porto Alegre, é a falta da gestão compartilhada entre as Secretarias, Ver. DJ Cassiá: parece que as Secretarias não conseguem se comunicar, e há algumas Secretarias que realmente não estão conseguindo realizar um bom papel.

Hoje, quando eu estava vindo para cá - e nós estamos no mês de janeiro, quando o trânsito é menor -, estragou um carro na entrada da Cidade, via Av. Castelo Branco, e, logo em seguida, um congestionamento já se formou na entrada da Cidade.

Esta é uma medida que tem que ser tomada pela Prefeitura: nós temos que criar um sistema que, quando estragar um carro em uma via pública de Porto Alegre, com o trânsito nas condições em que está, a Prefeitura tome alguma atitude, alguma medida para que se desobstrua o trânsito o mais rápido possível.

Não é possível, Ver. João Antonio Dib, que, em pleno janeiro, estrague um carro em uma via como a Av. Protásio Alves ou a Av. Castelo Branco e, logo em seguida, se forme um congestionamento, e a Prefeitura não tenha uma posição para desfazer esse congestionamento. Nós estamos em janeiro. Então, eu não posso subir a esta tribuna e deixar de falar nessas questões que estão acontecendo em Porto Alegre.

O Ver. Adeli Sell veio aqui e falou sobre o Posto de Saúde e acabou não conseguindo mostrar todas as fotos; eu tenho aqui algumas fotos que gostaria de mostrar. (Mostra fotografias.) As paredes pichadas, o lixo na frente do Posto de Saúde. Não dá para um Posto de Saúde, Ver. Dr. Raul, estar nestas condições, com lixo na calçada. Realmente, é lamentável. E aí voltamos à questão do lixo, Ver. João Antonio Dib.

A questão do lixo tem sido denunciada por esta Casa, por este Vereador e por outros Vereadores quase que todo dia. A imprensa tem demonstrado, tem aparecido em vários canais de comunicação esse problema do lixo, e nós não estamos vendo uma atitude da Prefeitura de Porto Alegre para solucionar esse problema.

Hoje, o Jornal do Comércio traz a notícia: “Vereadores retomam debate sobre coleta do lixo - TCE fará uma inspeção especial para analisar serviço na Capital”. Talvez agora a Prefeitura resolva tomar uma atitude quanto à questão do lixo, pois não dá para continuar na situação em que está. E nós estamos no mês de janeiro, quando sabemos que boa parte da população da Cidade está fora. Como ficará este problema? Ver. João Antonio Dib, nosso Líder, com todo o respeito, Líder do Governo, essas perguntas que tenho que fazer para o Governo e gostaria de receber as respostas.

A mesma questão é com relação à Vila Asa Branca: vamos esperar acontecer uma catástrofe ali, Ver. Dr. Raul? As obras estão para serem realizadas desde 2009, e eu acompanho. O Governo disse que em 17 meses iria realizar. O dinheiro está lá! Por que não realizaram essas obras? Qual é o problema? Eu só vejo um problema, Ver. DJ Cassiá: é a gestão desta Cidade que está ruim!

As Secretarias não conseguem compartilhar as informações, não conseguem trabalhar em conjunto! Isso é gestão! E nós temos que melhorar a gestão da cidade de Porto Alegre, porque a Cidade não pode ter uma gestão ruim, a sociedade não pode pagar pela má gestão dos seus Secretários e do Governo. Por isso, esta é a pergunta que deixo no ar: o que a Prefeitura de Porto Alegre vai fazer com a Vila Asa Branca, com o lixo, com os postos de saúde, com a falta de médicos? O problema dos postos de saúde será resolvido só com o Instituto?

Nós temos que trazer as respostas, e as perguntas estão aí. Com a palavra do Líder do Governo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, eu fico contente com a preocupação do Ver. Mauro Pinheiro em relação à Vila Asa Branca, mas ele sabe que, de repente, uma obra não acontece dentro da programação, ainda que haja recurso. De repente, há problema de desapropriação. Eu não vou dizer que sei exatamente o que está acontecendo para dificultar a obra da Vila Asa Branca. De repente, pode ser uma desapropriação, pode ter um problema qualquer, e acontece. E eu até lembro o problema da Vicente Monteggia. A Prefeitura tem o Projeto, o Projeto está no Ministério das Cidades, e o dinheiro não sai! Não sei se coisas semelhantes não estão acontecendo, porque o DEP tem trabalhado muito bem. O DEP fez o Conduto Forçado Álvaro Chaves, está fazendo obras no entorno da Av. Jerônimo de Ornelas e da Av. Ipiranga e tantas obras espalhadas pela Cidade. O DEP atua com muita eficiência e muita rapidez. Eu não sei o que está acontecendo lá. É claro que eu vou procurar me informar, e informarei o nobre Ver. Mauro Pinheiro. Ele merece essa informação!

É claro, eu estou aqui há mais tempo, sei mais histórias da Cidade, mas eu gostaria de lembrar da Av. Assis Brasil sendo recuperada pela Administração Tarso Fernando Herz Genro. Que horror! O quanto demorou! O quanto prejudicou a cidade de Porto Alegre! Quantos milhões de litros de gasolina foram gastos desnecessariamente, porque a Administração não fazia a sua parte! Era uma péssima gestão! O que melhorou na Assis Brasil? Nada! Mas ficou muito tempo trancada! Dessa forma, fica aí essa preocupação.

Quanto ao problema do lixo, nós sabemos, a Cidade toda sabe que o Diretor Mário Moncks, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, está enfrentando dificuldades, mas está tentando superá-las. Nós já sabemos que, até julho, teremos 1.200 contêineres que irão melhorar a coleta do lixo. Isso vai acontecer.

Neste momento, vou ligar para o Diretor Mário Moncks para saber o que está acontecendo com esse lixo que está na frente do Posto de Saúde, do PAM-3. Acho que realmente ali deveria haver um cuidado especial, pois uma contaminação, mesmo que externa, pode acontecer. Acho que precisamos tomar uma providência o mais rápido possível.

Portanto, fica aqui a demonstração de que o Governo se preocupa com as informações que os Vereadores trazem; o Governo aceita a participação dos Vereadores na solução dos problemas; agora, criticar por criticar não vale a pena. E não é o caso do Ver. Mauro Pinheiro: ele está buscando uma solução, e vamos tentá-la. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. João Dib, eu acho que quem está acompanhando a Sessão na TVCâmara pede, como eu peço, mais explicações sobre o dossiê apresentado pelo meu colega Mauro Pinheiro sobre a Vila Asa Branca. O dinheiro está aqui, e a obra não sai porque falta gestão.

E aqui (Mostra fotografia.) mais um exemplo da falta gestão: é um posto de saúde, e olhem o lixão. O PAM-3, na Vila Tronco/Cruzeiro do Sul, e o lixão. Assim está a cidade de Porto Alegre.

Está nos jornais de hoje, o meu Líder Mauro Pinheiro já falou, e eu vou insistir no tema: o Tribunal de Contas do Estado quer explicações sobre a licitação dos contêineres. Os senhores e senhoras sabem há quantos anos eu apresentei o Projeto da conteinerização do lixo? Há nove anos! Eu fiz reuniões com todos os diretores do DMLU, todos! E eu, Verª Maristela Maffei, acho que, mais uma vez, estão nos enrolando.

Eu já criticava a postura vacilante da minha Administração, porque não importa o Governo, não importa o gestor, eu tenho Secretários amigos no Governo, eu os considero assim pelas relações civilizadas que temos, mas não me peçam para deixar de cobrar ou deixar de criticar.

Há pouco vimos aqui a presença do Valter, ele não se encontra neste momento, e, mais uma vez, eu vou falar: eu tenho divergências, eu tenho cobranças, mas, ontem, assim que cobrei a questão da limpeza do Mercado Público, ele me respondeu pelo Twitter, que é um instrumento moderno. Isso significa que, se os Secretários fossem atentos, eles estariam conectados, acompanhando os boletins dos Vereadores; colocariam uma assessoria para acompanhar o que o Vereador diz no Twitter, porque é o meio de comunicação mais ágil e dinâmico que existe. Isso é modernidade! Isso é gestão!

A iniciativa privada, as empresas particulares não segurariam muitas dessas pessoas que parecem ter Durepoxi as grudando na cadeira, porque não levantam, não conseguem levantar da cadeira! Devem estar grudadas, porque não deveriam estar nessas cadeiras; deveriam cedê-las para pessoas que têm vontade política, determinação.

E eu vou responder, mais uma vez, à provocação do Secretário da SMAM: não faço molecagem, Professor Garcia! V. Exª está fazendo uma gestão desastrosa porque trouxe um incompetente, um provocador, que senta em cima dos projetos, o Dr. Furtado; não tem reivindicação minha! Tudo que eu mandar tem sabotagem na SMAM! Ninguém aguenta mais a sua gestão. Eu sei que ontem houve uma reunião do PMDB, parece que o meu nome foi muito citado, me disseram várias fontes. Pois vão ter de me citar muitas vezes.

Eu quero aqui, respeitosamente, dirigir-me ao Ver. Dr. Raul, que tem demonstrado, inclusive, capacidade, como na sua intervenção de hoje, de mostrar que, apesar de médico, não sucumbe à corporação, defende aquilo que é justo e sabe separar o joio do trigo. É assim que os Vereadores têm que se postar, essa têm que ser a nossa posição permanente.

Eu volto ao tema com que iniciei o debate aqui, hoje de manhã: Ver. João Dib, eu quero uma reunião com V. Exª, para que, depois, V. Exª possa acompanhar conosco, porque faz seis meses que fiz uma reunião com o Secretário de Gestão - seis meses! -, e o Projeto do Mobiliário Urbano de Porto Alegre não avançou. Nós temos, aqui no Município, empresas modernas que querem participar da licitação, mas, se não houver um estudo, se não houver uma discussão com o setor de mídia externa, o que é que vai acontecer? As empresas aqui vão sucumbir, porque vão chegar aqui uma Clear Channel ou outras empresas internacionais e vão levar de roldão as empresas daqui, porque, mais dia, menos dia, vai ter que ter um novo mobiliário urbano na cidade de Porto Alegre.

Eu falei, mas falarei muito mais na próxima semana. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Não havendo mais nenhuma inscrição em Comunicação de Líder, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão. Quero agradecer às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores, aos funcionários desta Casa e à imprensa.

    

(Encerra-se a Reunião às 10h52min.)

 

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